Natural do Assaré, o casal João Pereira Pio e Joana Pereira Pinto eram primos, pois o exame de DNA de ancestralidade da minha mãe comprovou ela acreditava.Dona Joaninha, como lhe chamava o genro, meu pai, nasceu em 1896 e faleceu em 1986. Meu avô nasceu em 1994 e faleceu em 1955, quando minha mãe tinha 15 anos.
Mãezinha, como era chamada pelos netos, é a segunda esposa de João, tendo criado seu enteado como um filho - João Pereira Pio Filho (Odílio). Minha diz que diante do ciúme dos próprios filhos, ela argumentava: "Eu dou tudo para ele porque ele não tem mãe; vocês têm". Certo dia, argumentei com minha mãe que talvez ela tenha assumido esse discurso por ter sofrido ou visto suas irmãs sofrerem nas mãos da madrasta, pois quando sua mãe faleceu, teria por volta de oito anos.
Esta é minha linhagem materna, que ainda sei muito pouco. Os pais de Mãezinha são José Pereira Pinto (1866-1947) e Maria Luiza Camapum (1866-1903) e os de João são Antonio Pio de Oliveira (1860-1915) e Raimunda Maria da Glória (1865-1919).
Os avós paternos de Mãezinha são conhecidos. José é filho do casal João Moreira Pinto (1938-x) e Gertrudes Maria de Jesus (1840-1923) e neto paterno de Domingos Moreira Pinto (1800-x) e Maria Isabel Gomes de Oliveira (x-x) - sua segunda esposa.
De seus avós maternos temos mais suposição que conhecimento. Os pais de João, meu avô, são Antonio Pio de Oliveira (1860-1915) e Raimunda Maria da Glória (1865-1919). Com 90% de certeza, os pais de Raimunda são José Pereira Pinto (1832-) e Raimunda Maria da Glória (1832-), o que comprovaria o parentesco de João e Joana (pais de Zilda, minha mãe), uma vez que os irmãos João e José Moreira Pinto seriam filhos de Domingos Moreira Pinto.
A primeira esposa de Domingo foi Ana Alves da Fonseca (Alves de Jesus), que também poderia ser a mãe de João e José, já que não comprovamos a data do segundo matrimônio nem o falecimento dela, embora conste no casamento de Helena, sua filha, em 1849, que era falecida. Desta primeira esposa, comprovamos a existência de dois filhos pelos assento de casamento de Ricardo Pereira Pinto (casou-se com Umbelina Custódia do Sacramento - filha de Luiz Antunes Camapum e Ana Custódia do Sacramento, esta neta do fundador de Assaré - Alexandre Pereira da Silva, filho do português Manuel Pereira da Silva) e de Helena Maria da Conceição (casou-se com Manoel Ferreira de Souza, filho de José Ferreira de Souza e Joana Maria da Conceição).
Suponho que minha bisavó Maria Luiza Camapum esteja ligada às irmãs Umbelina Custódia do Sacramento e Tereza Maria de Jesus, filhas de Luiz Antunes Camapum, pois nos assentos de batismo e de casamento essas famílias se fazem presentes como padrinhos/madrinhas e/ou testemunhas. Em relação ao meu bisavó José Pereira Pinto, as pesquisas genealógicas me apontaram ser filho de João Moreira Pinto e de Gertrudes Maria de Jesus, neto de Domingos Moreira Pinto e Maria Isabel Gomes de Oliveira. De Gertrudes, ainda não foi possível fazer nenhuma comprovação.
Dúvidas!!!!De quem "Raimunda mãe" seria filha? Nossa intuição aponta para uma possível ligação com a família Camapum.
João e José Moreira Pinto também poderia ser filhos de Domingos e deAna Alves da Fonseca (Alves de Jesus), sua primeira esposa, visto que comprovamos apenas a existência de dois filhos do casal em assentos de casamento: Ricardo Pereira Pinto que se casou com Umbelina Custódia do Sacramento - filha de Luiz Antunes Camapum e Ana Custódia do Sacramento, esta neta do fundador de Assaré (Alexandre Pereira da Silva, filho do português Manuel Pereira da Silva); e de Helena Maria da Conceição.
Em relação a Antonio Pio de Oliveira, desconfiamos que ele seja filho de Antônio José de Oliveira (1840-xx) e Rita Maria da Conceição (1840-xx) - encontramos dois registros de batismo deste casal (Francisca, 1858; e Antonio, 1896) e um coincide com a data de nascimento do meu bisavô, dada a idade informada no seu óbito. Assim, as buscas pelo batizado por seu batismo nos remeteu a esse casal. São pistas que nos apontam em direção a Domingos e a sua primeira esposa (Ana Alves da Fonseca), pois localizamos o assento de casamento de uma de suas filhas (Helena Maria da Conceição), como um indício de que as filhas poderiam ter o nome devocional de "Maria da Conceição".
Também não sabemos sobre a ascendência de Gertrudes, podendo estar ligada à Ana Custódia do Sacramento casada com Luiz Antunes Camapum, em primeiras núpcias, pois tem uma irmã com este nome.
Igualmente, em relação a Maria Isabel Gomes de Oliveira que aparece com outros nomes em diversos assentos.
A árvore genealógica constituída até o momento ainda não identificou a filiação de Maria Luiza Camapum, embora haja algumas pistas quais sejam:
1) Como a primeira filha (Sinhá/Maria Elisa do Carmo) de José e Maria Luiza é afilhada de Ana Pereira Pinto e Martinho de Alcântara Rodrigues, é possível que esta Ana seja sua mãe, pois havia o costume de oferecer o primeiro filho para os pais da mulher batizarem e o segundo para os pais do marido.
2) Em busca de confirmação desta Ana ter tido uma filha chamada Maria. Há registro do casal Ana Pereira Pinto (também aparece como Pereira Camapum) e Antonio José dos Santos tiveram outros dois filhos chamados Ricardo (1873, afilhados de Raimundo Pereira Pinto e Evangelina Pereira Camapum, filhos de Umbelina Custódia do Sacramento; 1875, afilhados de Joaquim Ferreira Canuto e Maria da Glória de Jesus, esta filha de Auta Antunes Camapum (irmã de Umbelina); e dois chamados Raimundo (1872 e 1878) afilhados de Umbelina e do seu filho Raimundo Pereira Camapum.
3) Outro casal Ana Pereira Pinto e Martinho Rodrigues de Alcântara tiveram os seguintes filhos: Deolindo, 1891 (ano em que meus bisavós se casaram), afilhado de Candido Pereira Freire e Ana de Jesus Freire); Luiza, 1893 (afilhados de José Luiz Pereira e Maria Clara de Jesus Freire); Maria, 1896 (afilhada de Luiz Pereira [Camapum] e Raimunda Francisca de Jesus; Petronila, 1901 (afilhada de Ricardo Pereira Camapum e Ana Gertrudes de Jesus - filho de Ana e Gertrudes Maria de Jesus, mãe do meu bisavô José?); Luzia, 1903 (afilhada de José Luiz Pereira e Maria Clara de Jesus Freire). Outra sinalização que estes registros apresentam são em relação à filha Maria (1896, mesmo ano de nascimento de Mãezinha/Joana, que poderia ser sua madrasta Nenem, falaremos desta suposição mais adiante) e de Deolindo (1891, porque a madrasta de Mãezinha colocou esse nome em um filho, em 1911).
4) Meus bisavós deram a uma filha o nome de Ana Pereira Pinto, falecida com 10 anos de idade, afilhada do casal Idelfonso Pereira Camapum (este muito presente em inúmeros batismos e casamentos da família) e Evangelina Pereira Camapum (sobrinha de Idelfonso e filha de Umbelina).
5) Auta Antunes Camapum teve uma filha chamada Ana (1856), mas não localizamos nenhum afilhado seu que pudesse remeter à avó. Frentes aos inúmeros registros que remetem à Umbelina Custódia do Sacramento, supomos que ela também teria tido uma filha chamada Ana, já que aparece como madrinha de batismo de filhos de Ana Pereira Pinto e de Antonio José dos Santos (1872 e 1878), assim como os seus filhos Evangelina e Raimundo.
5) Outra sinalização que nos aponta para esta Ana é que soubemos por tradição oral de um primo (filho da madrasta de Joana, minha avó) que o meu bisavó teria se casado com uma irmã da primeira esposa, que a família conheceu como "Madrinha Nenem", que aparece nos assentos como: Maria Pereira Camapum, Maria Alcântara de Jesus, Maria Luiza de Jesus, Maria Martins da Conceição. Considerando esta suposição, os padrinhos da minha tia-avó Sinhá (Ana Pereira Pinto e Martinho Rodrigues de Alcântara) poderiam ser o elo entre as duas famílias do meu bisavô? Ana seria a mesma dos dois casais apresentados: Antonio José dos Santos, primeiro casamento (minha avó colocou o sobrenome de um dos filhos de "Santos" - seria em alusão ao avô?) e Martinho Rodrigues de Alcântara, segundo casamento (seria Madrinha Nenem?). Ou ainda: a Ana casada com Martinho seria filha da Ana que foi casada com Antonio José dos Santos?
A ligação com a família Camapum tem apresentado pistas importantes. No blog de José Carlos Barroso Camapum é possível verificar a história de seu avô Antonio Pereira Camapum que se radicou em Uruaçu-GO por volta dos anos de 1930. Em dois momentos, o jornalista fez homenagem aos avós Antonio e Ana de Alencar Camapum, por ocasião do Dia dos Avós, em 2017 e em 2021.
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